agosto 29, 2009

“ When somebody says, “I don’t think women should be raped for wearing short skirts, but what do they expect when they do go out like that?” what you are actually saying is that if a woman in a short skirt is raped, you will be less likely to hold her rapist culpable. Which makes a woman in a short skirt really appealing to a rapist. That’s something that you did. That’s not something the woman in the short skirt did, or something the rapist did. You made that woman a more comfortable target by making it clear that if she got raped, you would be less upset about it, less willing to see the rapist go to jail, less willing to support the woman. A woman is not increasing her risk of being raped by wearing a short skirt. You are increasing her risk of being raped by saying that women who get raped in short skirts should have expected that. Rapists hear you say that. By only raping the women that bystanders agree should be raped, a rapist reduces his chance of being caught and, if caught, punished. And that is why he will pick those women, over and over again, not because there is something more appealingly rapeable about them — they have what any woman has, as far as rape goes — but because he will be less likely to be held culpable for his actions. ”
— From the follow-up post to A Few Things To Stop Doing When You Find a Feminist Blog.

agosto 27, 2009

"Among other things, you’ll find that you’re not the first person who was ever confused and frightened and even sickened by human behavior. You’re by no means alone on that score, you’ll be excited and stimulated to know. Many, many men have been just as troubled morally and spiritually as you are right now. Happily, some of them kept records of their troubles. You’ll learn from them—if you want to. Just as someday, if you have something to offer, someone will learn something from you. It’s a beautiful reciprocal arrangement. And it isn’t education. It’s history. It’s poetry."

J.D. Salinger



and just to prove him right:



"I know exactly how that is. To love somebody who doesn’t deserve it. Because they are all you have. Because any attention is better than no attention. For exactly the same reason, it is sometimes satisfying to cut yourself and bleed. On those gray days where eight in the morning looks no different from noon and nothing has happened and nothing is going to happen and you are washing a glass in the sink and it breaks-accidentally-and punctures your skin. And then there is this shocking red, the brightest thing in the day, so vibrant it buzzes, this blood of yours. That is okay sometimes because at least you know you’re alive."

Augusten Burroughs

agosto 26, 2009

i do live in a box

você está preso em uma grande caixa branca e branco é uma cor tão desesperadora e vocÊ não entende porque usam em hospitais para acalmar, todos dizem, mas não acalma só piora e piora de uma maneira devastadora. piora de uma maneira que dói. e faz parecer ainda mais vazio. vazio vazio vazio e igual e ai vem o desespero de saber que é semrpe assim e você não sabe como as pessoas consegue ter vidas comuns com suas tão bem planejadas rotinas porque você quer dormir por três dias diretos e passar semanas sem ver outro ser humano porque é tudo sempre tão igual e doloroso e branco e ninguém parece se importar. você raramente encontrar pessoas que sentem essa dor que percebem que sabem do vazio a caixa as paredes brancas. são tão poucas as pessoas que não olham cheias de dó e perguntam mas o que foi que te aconteceu, meu anjo, tudo está tão bem e está e está como sempre esteve e como sempre via estar porque é que você não enxerga?! está ali e sempre esteve e é enorme e vazio e igual e igual e sempre a mesma coisa não importa o quanto você tente mudar. você nunca consegue mudar. você nem sabe o que, ms tenta e tenta e tenta e é como se você estivesse arranhando as paredes da caixa e seus dedos começam a sangrar, mas não tem efeito algum exceto a dor que vem porque a dor é algo que chega a confortar. a dor que você sente faz com que você saiba que no meio daquele vazio branco desesperador está você e mesmo sendo tudo tão terrível você ainda sente. você passa a amar a dor a procura-la porque as mudanças não vieram e não virão e as pessoas seguem suas vidas e tudo continua como sempre foi e você ainda se desespera porque como é que tanta gente pode simplesmente não ver ou ignorar ignorar ignorar ignorar algo tão claro tão doloroso. e cada vez que pensa sobre isso você se desespera e são lágrimas e soluços e pensamentos suicidas e vontades de fugir ou de mudar tudo que você puder mudar. pintar o cabelo ou cortar até não ter cabelo para pintar ou nãoa tender telefonemas ou dirigir sem parar até estar dois estados do ponto de partida numa praia que você nunca ouviu falar e saber que tem que voltar para todo aquele vazio cercado de paredes brancas e é ai que você sofre um acidente ou outro e é ai que se quebra um braço ou se queima a barriga com cigarro ou acaba precisandod e três pontos na mão porque a faca escorregou enquanto descascava laranja. você precisa ter algo para se agarrar. você não pode se perder no vazio, você se recusa porque você sabe, lá no fundo no fundo mesmo voc~e sabe que quas eninguém mais liga porque são tipos diferentes de pessoas e que se você se afogar ninguém vai perceber e ninguém vai te trazer de volta. você precisa disso. você não quer desaparecer no vazio.

agosto 25, 2009

wasitreallyabox.blogspot.com

Textos das Sun. Meus textos.
Uma tentativa de organizar a bagunça.
“ Life will break you. Nobody can protect you from that, and living alone won’t either, for solitude will also break you with its yearning. You have to love. You have to feel. It is the reason you are here on earth. You are here to risk your heart. You are here to be swallowed up. And when it happens that you are broken, or betrayed, or left, or hurt, or death brushes near, let yourself sit by an apple tree and listen to the apples falling all around you in heaps, wasting their sweetness. Tell yourself that you tasted as many as you could. ”

Louise Erdrich

don't even feel sorry about it

você come todo o tempo quando está em casa porque não sabe o que fazer. as vezes você chora enquanto cutuca a comida com um talher porque não pensar em tudo isso ainda dói e comer só ajuda no começo (você não sabe o motivo, mas sabe que foi assim).
você sente como se tivesse perdido pedaços desde que saiu da cama, como se você tivesse morrido um pouco quando escovou os dentes ou quando colocou os tênis ou quase subiu no ônibus. você sente como se morresse aos pouquinhos e você acha que um dia você estará fazendo algo completamente normal e cairá morto e ninguém saberá explicar até que alguém diga não, vocês nunca vãoa char um motivo para essa morte porque ela começou há muito tempo atrás e foi acontecendo em pequenas doses tão casuais e tão insignificantes que foi uma grande surpresa no final.
você não é tão forte como pensou e sabe, não parece ter motivo para levantar de manhã mesmo que tudo esteja indo muito bem, obrigada por perguntar e, sim, você que a sua vida é boa e que uma porção de gente mataria para ter uma vida assim (ainda que não acredite nisso, vivem repetindo e meio que fica na cabeça). mesmo sendo uma escolha você não consegue encontrar o momento em que a fez, o que faz com que pareça meio injusto e nem um pouco como uma escolha o modo como tudo parece estar indo de mal a pior e como tudo dói e nada nada é seguro.
você não sabe a razão, mas domingos doem mais.
você sabe que soa mais dramático do que deveria e que qualquer um diria para tomar vergonha nessa cara e arrumar o que fazer, mas não é tão fácil e nunca foi e você não sabe como todas essas pessoas fazem de uma maneira que parece tão simples e quase instintiva. você tem certeza que aquele cara do livro estava certo e vocÊ sente como se tivesse perdido algo importante da lição e nunca fosse alcançar o resto da classe. você não sabe o que fazer com a sua vida e não existe um manual mesmo com todo mundo dizendo exatamente o que fazer e como fazer e como ser e como pensar e como se vestir e como se tornar igual igual igual e isso dói. porque mesmo sem saber do que você está atrás. você teme essa sensação que grita errado o tempo todo e você sabe que não quer apenas estar lá.
além de tudo tem essa urgência de colocar em palavras esse sentimento de vazio misturado com tristeza e alguma outra coisa que você duvida que alguém já tenha descoberto o que é. é terrível como se, caso não pudesse transformar o sentimento em adjetivos, verbos, substantivos e afins, talvez (talvez!) ele se tornasse maior, pior, mais forte e terrivelmente mais letal.
você sente o aperto no peito quase o tempo todo e, sim, obviamente isso é só uma reação química, mas não é como se pudesse controlar apenas porque você odeia a sensação de estar sufocando, sufocando e sufocando todo o tempo como como quando você está sozinho na piscina e você sabe que só pode ir até metade onde a parte mais funda começa porque você não sabe nadar. você ir apenas até o limite e ficar exatamente onde é o fim ou o começo por alguma razão não muito inteligente e você pensa é seguro, eu posso ficar aqui, é seguro. e você escorrega e não é mais seguro, sem conseguir encostar os pés no chão e afundando as vezes e tentando não afundar e sentindo o desespero crescer, sabendo que não é seguro e que talvez nunca tenha sido. e você olha em volta, sabendo que não tem ninguém, sabendo que gritar é inútil, que não tem quem chamar ou como chamar e você pensa "é isso." e é estúpido e feio e incompleto porque você nunca fez nada mesmo não sabendo o que deveria ter feito e o desespero cresce e você pensa que talvez seja isso que faça você afundar. é um desespero e um pavor e uma tristeza absurda e toda a incapacidade do mundo e isso faz você querer chorar como se não pudesse acontecer nada pior, mas você continua afundando e voltando e tentando escontar a ponta do pé no chão e só, por favor, deus, não me deixe morrer.você sabe, mas ainda é uma surpresa quando se pensa sobre mais tarde, que quando você consegue colocar os pés no chão outra vez o que você sente não é o alivio dos filmes e você não passa a ver a vida tão diferente do que via antes. você se sente estúpido e com medo e sabe que foi longe demais e se sente envergonhado porque mesmo sem estar tentando você fracassou e ai você se sente feliz por ninguém ter visto, mas triste porque isso prova, não é mesmo? prova que não havia ninguém e tudo dói dói dói.
você caminha até a borda, senta e chora. chora porque dói e é estúpido, você sabe, mas ainda assim chora aquele choro feio de soluços e caretas incoscientes e dor.




~*~


everything hurts and you don't know why.
everything hurts and you try to get drunk so you won't have to think about it.


~*~

everyone knows everything but you're unable to be a part of it or to have a little piece of this knowlegde.


~*~


you don't like going to sleep and you hate waking up.
yet, you hide in your bed all the time.


~*~

you just cannot stand people. you wish you could but evertyime you think about them you get angry 'cause people do all sort of stupid things and don't even feel sorry about it. you know everybody knows it too.
you don't know what's wrong with you.

agosto 08, 2009

"If you're expected to publish your work, then do it. If it isn't good enough, make it good enough.

Look, every gang worth its colors has initiation rites. Why should somebody who isn't visible as part of the larger community be allowed into the gang?"

by Regina Barreca, Ph.D.
If Winter Ends
Bright Eyes

I dreamt of a fever,
one that would cure me of this cold winter-set heart
with heat to melt the frozen tears and burnt with reasons as to carry on
into these twisted months I plunge without a light to follow
(but I swear that I would follow anything)
just get me out of here.
And you get six months to adapt and you get two more to leave town
and in the event that you do adapt we still might not want you around.
I fell for the promise of a life with purpose
but I know that's impossible now
so I drink to stay warm and to kill selected memories
because I just can't think anymore about that or about her tonight.
I give myself three days to feel better or I swear I'll drive right off a fucking cliff because if I can't make myself feel better then how can I expect anyone else to give a shit?
I scream for the sunlight or a car to take me anywhere just get me passed this dead and eternal snow because I swear that I'm dying.
Slowly, but it's happening
and if the perfect spring is waiting somewhere
just take me there and say and lie to me and say it's gonne be alright.